Jung e a Astrologia
Karl Gustav Jung, psiquiatra suiço, nasceu em Kesswil em 1875 e morreu em Küsnacht em 1961. Na sua brilhante trajectória profissional destaca-se a sua colaboração com Sigmund Freud até 1913, altura em que se separaram pelas divergências existentes entre ambos.
Além de ter explorado uma nova dinâmica da psicanálise, Jung interessou-se também pela natureza espiritual do Homem e do seu lugar no Cosmo. Impressionaram-no provas sobre as chamadas ciências paranormais como a telepatia, clarividência, premonição etc, que a então incipiente parapsicologia começava a apresentar, contra a opinião de muitos. Como resultado de experiências pessoais na prática da psicanálise e trabalhos de laboratório, convenceu-se da realidade de tais fenómenos e reconheceu que, nenhuma teoria do Universo poderia ser válida, ou nenhum modelo cósmico útil, se não se tivessem em conta estes dados.
Na sua incansável busca Jung formulou a hipótese de que a causalidade não era o único princípio operante no Universo e o levou a realizar uma experiência polémica com casais.
Consistiu esta experiência em realizar um estudo estatístico de 500 casais, com cerca de 1000 horóscopos. Compararam-se cuidadosamente as cartas de cada indivíduo com as das esposas e com as de outros membros do grupo e, Jung estudou cada horóscopos dos casados e “não casados”, descobrindo relações interessantes entre eles, especialmente uma tendência muito significativa, no caso dos casados, em que a Lua da mulher estivesse em conjunção com o Sol do homem. Por várias razões, que implicam argumentos estatísticos bastante complexos, Jung não considerou a sua experiência conclusiva.
O interesse de Jung pela astrologia e a sua eventual crença na realidade desta como princípio, animou os astrólogos sérios a continuar os seus estudos e, a astrologia foi considerada com respeito e reconhecimento.
José Arjones Maiquez